quarta-feira, 13 de março de 2013

Um pouco de história


Esse post vai estar englobando um fragmento da história da química, nada melhor, já que nosso blog começou a pouco, assim vamos deixando você nossa leitor entendendo cada vez mais da nossa amada química.

Lá vai um pouco de história...


A Química surgiu no mesmo instante que o Universo, ou seja, no Big Bang. A Química sempre esteve presente na história da humanidade, mas durante muito tempo, o homem não teve consciência ou controle sobre sua existência. A primeira reação química produzida conscientemente pelo homem deve ter sido a produção de chamas. A descoberta do fogo e de suas utilidades foi um  grande avanço para garantir nossa sobrevivência e, apesar de não sabermos que indivíduo realizou essa façanha, ele abriu as portas para toda a tecnologia existente em nossos dias.





O fogo permitiu ao homem assar e defumar os alimentos. Assim, eles permaneciam conservados por mais tempo. A conservação de alimentos foi uma técnica essencial para a sobrevivência da espécie, já que o homem dependia de caça e coletas no início, e essas nem sempre eram freqüentes ou fartas. Quando o ser humano conseguia uma caça, ele tinha que comer a maior quantidade possível de alimento, pois não sabia quando conseguiria se alimentar novamente.

 A natureza se encarregou de criar mecanismos para compensar a escassez de alimento: uma camada de gordura. Nos momentos em que faltava alimento ou era escasso, o corpo queimava essa gordura para obter energia.


 O domínio do fogo permitiu ainda que o homem se aquecesse durante as frias noites; iluminasse o ambiente e afastasse as feras, que rondavam o escuro em busca da carne humana; e até ampliasse sua cultura, pois sentados em volta da fogueira, os homens primitivos puderam desenvolver sua coletividade e, quem sabe não foi ao redor de uma fogueira que o homem começou a falar, descrevendo uma caçada formidável?


O ser humano percebeu outras transformações provocadas pelo fogo, como o endurecimento de certos solos, formando cerâmicas e vidros. Ao moldá-los, o homem primitivo pôde criar utensílios para conservar seus alimentos e protegê-los melhor.

O homem também descobriu, por acaso, que as pedras azuis colocadas ao redor da fogueira derretiam e liberavam uma substância avermelhada, que se solidificava em uma forma brilhosa e moldável. Era o primeiro metal descoberto pelo homem: o cobre. As pedras azuis eram de um minério chamado malaquita. O homem então começou a produzir materiais desse metal, inclusive novas ferramentas de caça e armas. Os historiadores denominam esse período de Idade do Cobre.




Posteriormente, o ser humano descobriu que podia endurecer o cobre e melhorar sua resistência adicionando outro metal, o estanho. Da mistura de cobre e estanho, surgiu a primeira liga metálica (mistura de metais): o bronze.

Historicamente, a Idade do Bronze é a que se sobrepõe à Idade do Cobre. Uma região, em especial, começou a ganhar destaque. Isolados por desertos dos dois lados, uma civilização se desenvolveu ao largo do rio Nilo, que anualmente transbordava e inundava suas margens. Quando baixava novamente ao seu nível normal, o Nilo deixava uma terra escura, que o homem logo descobriu ser extremamente fértil, desenvolvendo uma agricultura baseada no ciclo do rio. Estamos falando, é claro, da civilização egípcia. O deserto também continha grande quantidade de metais e pedras preciosas na superfície, fato que desenvolveu a arte metalúrgica. Por seu destaque nessas artes, surgiu a expressão khemeya, que significava ‘país das terras negras’ e que pode ser a origem da palavra ‘química’. Os egípcios também desenvolveram cosméticos e dietas saudáveis, que mantinham os trabalhadores livres de doenças como escorbuto. Um dos cosméticos utilizados provinha da trituração da malaquita, para passar nas pálpebras. Além de estética, esse cosmético possuía a função de repelir os mosquitos, abundantes nessa região. Uma curiosidade: o gás “amônia” tem esse nome devido ao deus egípcio Amon. No templo de Amon, uma das principais divindades cultuadas, existia muitos gatos (tratados como deuses no Antigo Egito). A urina dos gatos deixava o templo com um cheiro característico, que ficou conhecido como ‘gás de Amon’, hoje amônia.





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